eleições legislativas

As eleições legislativas portuguesas de 2019, também designadas eleições para a Assembleia da República, decorreram no dia 6 de outubro de 2019, e constituíram a XIV Legislatura da Terceira República Portuguesa. A campanha eleitoral decorreu entre os dias 22 de setembro e 4 de outubro.
O PS conseguiu uma maioria clara de 36,34%, enquanto o seu maior oponente, o PSD, perdeu 10 deputados relativamente a 2015 e atingiu um dos seus mínimos históricos desde 1975.
O Bloco de Esquerda desceu relativamente a 2015, mas conseguiu manter o número de deputados, ao contrário da CDU, que viria a perder 5 deputados, ou do CDS-PP, que ao perder 13 deputados, alcançou o pior resultado da sua história em legislativas até então.
O Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que tinha entrado na Assembleia da República pela primeira vez em 2015, conseguiu crescer, tal como nas europeias, formando um grupo parlamentar com 4 deputados, apenas menos um que o CDS-PP. Em junho de 2020, a deputada Cristina Rodrigues desvinculou-se do PAN e passou a deputada não-inscrita. Como resultado, o PAN passou a ser representado na Assembleia da República por três deputados.
Esta eleição foi também marcada pela forte presença dos pequenos partidos, já que 3 dos mesmos (dois deles, o CHEGA e a Iniciativa Liberal, concorriam pela primeira vez à Assembleia da República) conseguiram entrar, pela primeira vez, na Assembleia da República. O CHEGA, partido com ideias nacionalistas e conservadoras, conseguiu eleger André Ventura, pelo distrito de Lisboa. A Iniciativa Liberal não conseguiu eleger o seu líder, Carlos Guimarães Pinto, que concorreu às eleições pelo círculo do Porto, mas conseguiu eleger João Cotrim de Figueiredo, pelo de Lisboa. Por sua vez, o LIVRE, partido formado em 2014, com raízes europeístas e ecossocialistas, conseguiu eleger Joacine Katar Moreira, também pelo distrito de Lisboa. Em fevereiro de 2020, Katar Moreira viria a passar a deputada não-inscrita graças à sua rutura com a direção do LIVRE.
Na sequência destas eleições, um número recorde de partidos não previamente coligados passou a ter representação na Assembleia da República, mais concretamente oito (a que se acrescentou a única coligação concorrente a estas legislativas, a CDU). Este recorde manteve-se mesmo depois de o LIVRE deixar de ter representação no parlamento nacional português, com a passagem de Joacine Katar Moreira ao estatuto de deputada não-inscrita.

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