RSS Uni. Porto Velhice e crimes sem castigo : Machado de Assis e Lygia Fagundes Telles

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Repositório Aberto da Universidade do Porto

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Breve resumo:
Title: Velhice e crimes sem castigo : Machado de Assis e Lygia Fagundes Telles
Abstract: The arrival of old age is often a pretext for a reflection on past life, in a kind of reckoning of
the subject with him or herself and with the world in which he or she has lived. It is two such cases which
the article analyses: Machado de Assis' «O enfermeiro» (The Nurse) and the one narrated in «Helga», by
Lygia Fagundes Telles. According to the analysis presented, both protagonists are old and at peace with
themselves and for whom the confession is not a form of repentance, but rather an opportunity to
transmit a vision of life according to which crime is acceptable. This vision is touched by the cynicism
which characterises the work of both authors and contains a wisdom which, to refer to another tale by
Lygia Fagundes Telles, sharpens itself «on the stone of death».
Description: A chegada à matura idade é muitas vezes pretexto para uma reflexão sobre a vida passada,
numa espécie de ajuste de contas do sujeito consigo mesmo e com o mundo em que lhe coube viver.
São dois casos deste tipo que o artigo aborda: o do conto de Machado de Assis «O enfermeiro» e o que
é narrado numa ficção de Lygia Fagundes Telles, «Helga». Segundo a análise apresentada, ambos os
protagonistas são velhos em paz consigo mesmos, para quem a confissão não é uma forma de
arrependimento, mas antes oportunidade para transmitir uma visão da vida segundo a qual o crime é
aceitável. Essa visão está tocada pelo cinismo que caracteriza a obra de ambos os autores e contém
uma sabedoria que, para retomar outro conto de Lygia Fagundes Telles, se afia «na pedra da morte».​



Info Adicional:
Title: Velhice e crimes sem castigo : Machado de Assis e Lygia Fagundes Telles Abstract: The arrival of old age is often a pretext for a reflection on past life, in a kind of reckoning of the subject with him or herself and with the world in which he or she has lived. It is two such cases which the article analyses: Machado de Assis' «O enfermeiro» (The Nurse) and the one narrated in «Helga», by Lygia Fagundes Telles. According to the analysis presented, both protagonists are old and at peace with themselves and for whom the confession is not a form of repentance, but rather an opportunity to transmit a vision of life according to which crime is acceptable. This vision is touched by the cynicism which characterises the work of both authors and contains a wisdom which, to refer to another tale by Lygia Fagundes Telles, sharpens itself «on the stone of death». Description: A chegada à matura idade é muitas vezes pretexto para uma reflexão sobre a vida passada, numa espécie de ajuste de contas do sujeito consigo mesmo e com o mundo em que lhe coube viver. São dois casos deste tipo que o artigo aborda: o do conto de Machado de Assis «O enfermeiro» e o que é narrado numa ficção de Lygia Fagundes Telles, «Helga». Segundo a análise apresentada, ambos os protagonistas são velhos em paz consigo mesmos, para quem a confissão não é uma forma de arrependimento, mas antes oportunidade para transmitir uma visão da vida segundo a qual o crime é aceitável. Essa visão está tocada pelo cinismo que caracteriza a obra de ambos os autores e contém uma sabedoria que, para retomar outro conto de Lygia Fagundes Telles, se afia «na pedra da morte».



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