Sustentabilidade ambiental: a condição necessária da responsabilidade organizacional

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Breve resumo:
OBJETIVO Subordinada à pergunta de investigação: como expressam nos seus relatórios de sustentabilidade, ou na ausência destes, nos seus relatórios financeiros (ou de atividades) - referentes ao ano de 2020 - as questões da sustentabilidade e em especial as preocupações com o “clima” as 84 organizações pertencentes ao Global Compact Network Portugal (UN GCNP), pretende-se neste trabalho apresentar uma reflexão sobre a forma como as organizações comunicam as suas práticas de Responsabilidade Social Corporativa. METÓDOS Numa visão pragmática do mundo da pesquisa em comunicação, optou-se por uma abordagem de investigação com métodos documentais para recolha dos dados e métodos qualitativos para análise e interpretação dos mesmos. Para análise dos dados foi usado o software NVivo. As principais categorias foram definidas numa estratégia concept-driven e coincidem com os grandes temas em análise com base tanto na revisão bibliográfica sobre o tema como na pergunta de investigação. A análise foi depois completada com categorias data-driven no sentido de tentar perceber algumas das singularidades e ligações entre os conceitos de responsabilidade social corporativa e os conceitos de sustentabilidade (clima, ambiente, planeta, economia circular). RESULTADOS E DISCUSSÃO Entende-se neste artigo o conceito de Responsabilidade Social Corporativa numa aceção muito ampla e numa formulação não distinguível de uma outra noção, a de Cidadania Corporativa. Se usamos estes conceitos sem a procura - que pareceria com certeza excessivamente complexa para os objetivos deste trabalho - de uma sua definição cabal, e por isso, muito mais na aceção tão cara a Wittgenstein (1953) de parecenças de família não podemos deixar de nos centrar na sua dimensão (sabemos que artificialmente recortada) de responsabilidade ambiental. Mesmo nas organizações que aparentemente deveriam estar mais despertas para esta problemática, parece ainda existir um longo caminho a percorrer, quer no que concerne aos temas e ações de Responsabilidade Social Corporativa, quer na forma como a comunicação é utilizada para comunicar as suas práticas de Cidadania Corporativa. IMPLICAÇÕES A forma descuidada com que a humanidade tratou o ambiente, e a ecologia, numa escalada de crescimento que levou ao ponto sem retorno no qual nos encontramos, emerge como o grande tema da nossa contemporaneidade. Desde o início dos anos sessenta com Silent Spring (1962), passando pela obra maior de Ròger Dajoz de 1969, Prècis d’Ecologie (Ecologia Geral na tradução brasileira), ao início dos anos setenta com a “United Nations Conference on the Human Environment'' (1972), ou o relatório magistral The Limits to Growth (1972), até à segunda década do século XXI o discurso científico, e muito em especial o discurso no espaço público, tanto de entidades públicas e privadas, como das organizações da sociedade civil sobre questões ambientais, sofreu um conjunto de transformações. Da “mudança climática” à “crise climática”, representa a maior alteração na comunicação sobre o clima nos últimos anos. REFERÊNCIAS - APA 7ª edição Carson, R. (1962). Silent Spring. Houghton Mifflin Dajoz, R. (1983). Ecologia Geral. Ed. Vozes Meadows D. H.,Meadows D. L., Randers J., Bherens III W. (1972). The Limits to Growth. Potomac Associates Books. Wittgenstein, L. (1953). The philosophical investigations. Oxford: Blackwell​



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OBJETIVO Subordinada à pergunta de investigação: como expressam nos seus relatórios de sustentabilidade, ou na ausência destes, nos seus relatórios financeiros (ou de atividades) - referentes ao ano de 2020 - as questões da sustentabilidade e em especial as preocupações com o “clima” as 84 organizações pertencentes ao Global Compact Network Portugal (UN GCNP), pretende-se neste trabalho apresentar uma reflexão sobre a forma como as organizações comunicam as suas práticas de Responsabilidade Social Corporativa. METÓDOS Numa visão pragmática do mundo da pesquisa em comunicação, optou-se por uma abordagem de investigação com métodos documentais para recolha dos dados e métodos qualitativos para análise e interpretação dos mesmos. Para análise dos dados foi usado o software NVivo. As principais categorias foram definidas numa estratégia concept-driven e coincidem com os grandes temas em análise com base tanto na revisão bibliográfica sobre o tema como na pergunta de investigação. A análise foi depois completada com categorias data-driven no sentido de tentar perceber algumas das singularidades e ligações entre os conceitos de responsabilidade social corporativa e os conceitos de sustentabilidade (clima, ambiente, planeta, economia circular). RESULTADOS E DISCUSSÃO Entende-se neste artigo o conceito de Responsabilidade Social Corporativa numa aceção muito ampla e numa formulação não distinguível de uma outra noção, a de Cidadania Corporativa. Se usamos estes conceitos sem a procura - que pareceria com certeza excessivamente complexa para os objetivos deste trabalho - de uma sua definição cabal, e por isso, muito mais na aceção tão cara a Wittgenstein (1953) de parecenças de família não podemos deixar de nos centrar na sua dimensão (sabemos que artificialmente recortada) de responsabilidade ambiental. Mesmo nas organizações que aparentemente deveriam estar mais despertas para esta problemática, parece ainda existir um longo caminho a percorrer, quer no que concerne aos temas e ações de Responsabilidade Social Corporativa, quer na forma como a comunicação é utilizada para comunicar as suas práticas de Cidadania Corporativa. IMPLICAÇÕES A forma descuidada com que a humanidade tratou o ambiente, e a ecologia, numa escalada de crescimento que levou ao ponto sem retorno no qual nos encontramos, emerge como o grande tema da nossa contemporaneidade. Desde o início dos anos sessenta com Silent Spring (1962), passando pela obra maior de Ròger Dajoz de 1969, Prècis d’Ecologie (Ecologia Geral na tradução brasileira), ao início dos anos setenta com a “United Nations Conference on the Human Environment'' (1972), ou o relatório magistral The Limits to Growth (1972), até à segunda década do século XXI o discurso científico, e muito em especial o discurso no espaço público, tanto de entidades públicas e privadas, como das organizações da sociedade civil sobre questões ambientais, sofreu um conjunto de transformações. Da “mudança climática” à “crise climática”, representa a maior alteração na comunicação sobre o clima nos últimos anos. REFERÊNCIAS - APA 7ª edição Carson, R. (1962). Silent Spring. Houghton Mifflin Dajoz, R. (1983). Ecologia Geral. Ed. Vozes Meadows D. H.,Meadows D. L., Randers J., Bherens III W. (1972). The Limits to Growth. Potomac Associates Books. Wittgenstein, L. (1953). The philosophical investigations. Oxford: Blackwell



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