NP D NP Diário #36 | 25/07/2022 | Eu próprio tenho de ser o meu mundo | O que registo só será valorizado daqui a 200 Anos

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carlos_pinhal

Filósofo
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NP Diário #36 | 25/07/2022 | Eu próprio tenho de ser o meu mundo | O que registo só será valorizado daqui a 200 Anos

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25/07/2022

▀▄▀▄ Texto ▄▀▄▀
Escrevo este diário a 25 de Julho de 2022, em Viseu pelas 00:33. Como é habito, quando a pessoa com quem moro, vem para Viseu, eu tenho que vir com ela. Vir para Viseu não é mau, porque em Viseu tenho uma casa só para mim e não estou sempre com essa pessoa perto de mim a dizer o que tenho que fazer ou como me comportar.

Eu sei que tenho problemas e sei que tenho que evoluir. Tenho que levar o meu tempo para conseguir percorrer essa evolução. Eu já defini o que tem que ser feito e quando dependes de alguém, e esse alguém não te deixa ou interfere, direta ou indiretamente, na rotina que tens que fazer isso mexe connosco. Nós ficamos numa posição difícil, porque não podemos impor a nossa vontade, porque estamos a viver de favor ao abrigo daquela pessoa.

Não ter ninguém que me diga o que tenho que fazer ou como me comportar, ajuda-me a "levantar" e seguir o caminho que tenho que seguir. Aqui em Viseu, por norma consigo começar a iniciar ou retomar as disciplinas que já referi que tenho de dominar.

Já voltei a caminhar com a mochila ás costas com peso. Cheguei a carregar mais de 30Kg ás costas. Isto resultou em leves lesões em algumas partes do corpo, porque eu não estou habituado. O objetivo é continuar as caminhadas, com pelo menos 20Kg ás costas. Para que tenha sempre este peso, comprei um saco de pedras de 20Kg que fica no fundo da mochila. Por cima desse saco de pedras, posso colocar outras coisas, como a mala pequena que levo o computador para trabalhar no Nómada Português e não só.

Hoje tirei o dia para descansar e refletir um pouco. Estou indisciplinado em todos os campos que deveria ter disciplina e isso afeta o meu psicológico. Tenho de saber lidar com o erro. O erro já aconteceu, não vale apena pensar nele nem deixar que o erro me impeça de evoluir.

Tenho de praticar a disciplina, financeira, física, horária e alimentar ao mesmo tempo. Todas têm que se encaixar como uma orquestra sincronizada. Numa primeira fase, cumprir com as referidas disciplinas ocupará os meus dias, mas o objetivo é que mantenha essas disciplinas e fazer outras coisas necessárias para mim.

Dominar estas disciplinas é deveras importante para sair deste estado psicológico em que me encontro.

Desde do início, eu tenho que me dividir em duas personalidades, o psicólogo e o paciente. Cada vez que surge um problema tenho de refletir porque aquele problema esta a surgir. Tenho de encontrar uma solução. Se me sinto em baixo, tenho de saber quais as causas de eu me sentir assim.

É através deste processo de estudo de mim próprio que tenho encontrado o que fazer para sair da situação depressiva que me encontro. Neste sentido, resulta as disciplinas que tanto me tenho esforçado para cumprir porque sei que elas terão um impacto positivo no meu psicológico.

Desde do Inicio do Nómada Português, tenho chegado á conclusão que algumas coisas estavam erradas, uma delas, querer depender emocionalmente de terceiros. Depender da valorização de terceiros é um erro enorme, que pode ajudar a sair da depressão, mas pode me levar a uma depressão ainda mais profunda. O que quero é sair desta depressão para nunca mais entrar. Preparar o meu psicológico de forma que nunca mais sinta a tristeza, raiva, ódio ou falta de esperança que sinto.

Para isso é importante eu criar uma bolha em que o epicentro sou eu. Eu próprio tenho de ser o meu mundo. Muitas vezes deixo-me afetar por notícias que relatam uma direção que irá levar Portugal ao "precipício" económico e social onde eu serei das principais vítimas.

Eu não consigo fazer mais do que faço pelo coletivo. As pessoas não querem mudar de direção. Portanto o melhor que posso fazer é cumprir com o que tenho definido. O que tenho de fazer é saber dar valor ao dinheiro, ter uma vida minimalista e dentro deste estilo de vida estudar.

Vai ser duro? Vai. É o que eu quero? Não, mas é o melhor que eu posso fazer. É importante escrever, escrever e escrever. É importante registar tudo o que sinto, passo e penso. Pode ser que daqui a 200 Anos, estes registos sirvam para mudar algo. Hoje, eu não vou mudar rigorosamente nada.

Tenho de aprender a conviver com a solidão. As pessoas são diferentes de mim. Não vale apena procurar. O que vejo, tanto na internet como pessoalmente está muito longe de ser compatível comigo. Quando ignoro esta sabedoria e tento recorrer a apps para conhecer pessoas e constato o que acabei de relatar, isso tem um impacto negativo no meu psicológico. É por isso que não vale apena tentar, porque eu sei que muito, mas muito, dificilmente encontrarei pessoas compatíveis comigo e este facto constatado gera impacto negativo.

Como referi, tenho que criar uma "bolha" em volta de mim, e essa "bolha" me alimentar em todos os sentidos. As pessoas são, de facto, uma grande desilusão.



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