Estudo epidemiológico da infeção por adenovírus, herpesvírus e circovírus no pombo-correio (Columba livia domestica)

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RCAAP Rss Feeder

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Breve resumo:
A columbofilia é um desporto com elevado número de praticantes em Portugal que tem merecido a atenção dos médicos veterinários. Os pombos-correio são como atletas de alta competição e, como tal, devem apresentar-se em ótimas condições físicas de forma a prestarem as melhores performances. Vários agentes de natureza viral têm sido identificados em pombos. Alguns deles, como adenovírus, herpesvírus e circovírus, desempenham um papel determinante na síndrome da doença dos pombos jovens. Esta síndrome apresenta como principais sinais clínicos, vómito, diarreia, depressão, poliúria e penas eriçadas, e pode causar o fracasso desportivo dos animais atingidos. Admite-se que seja uma doença de natureza multifatorial e ainda não foi possível estabelecer em concreto a sua etiologia. Manifesta-se também em situações de stresse, como por exemplo, transporte de longas duração e distância e em temperaturas elevadas. Neste trabalho são abordadas, como nota introdutória, algumas temáticas que merecem destaque na columbofilia, nomeadamente a sua história, o desenho do pombal, a nutrição, o stresse fisiológico, a orientação dos pombos, o “doping”, a reprodução e as doenças mais comuns. O estudo aqui descrito consistiu numa abordagem por PCR “multiplex” a amostras de DNA extraídas a partir de zaragatoas cloacais de borrachos, participantes no “derby” 2014 organizado pela ACD Porto. Foram analisadas 36 amostras, selecionadas aleatoriamente de entre os 287 pombos pertencentes a cerca de 80 columbófilos participantes no referido “derby”. A metodologia seguida foi a proposta por Freick e colaboradores (2008) e, após a eletroforese em gel de agarose, todas as amostras foram consideradas negativas. Embora não tenha sido detetado material genético de qualquer dos 3 agentes em estudo (herpesvírus tipo 1 do pombo, adenovírus aviário e circovírus do pombo), não podemos excluir a importância destes vírus nas doenças desta espécie, nomeadamente na etiologia da síndrome da doença dos pombos jovens, até porque a metodologia mais apropriada seria a deteção de anticorpos no soro sanguíneo, impraticável neste tipo de aves em estudo. Apesar de não ser o objetivo principal deste trabalho, é importante referir que este ano, no “derby” organizado pela ACD Porto, verificou-se que 100% dos pombos testados (45) estavam parasitados com Trichomonas.​



Info Adicional:
A columbofilia é um desporto com elevado número de praticantes em Portugal que tem merecido a atenção dos médicos veterinários. Os pombos-correio são como atletas de alta competição e, como tal, devem apresentar-se em ótimas condições físicas de forma a prestarem as melhores performances. Vários agentes de natureza viral têm sido identificados em pombos. Alguns deles, como adenovírus, herpesvírus e circovírus, desempenham um papel determinante na síndrome da doença dos pombos jovens. Esta síndrome apresenta como principais sinais clínicos, vómito, diarreia, depressão, poliúria e penas eriçadas, e pode causar o fracasso desportivo dos animais atingidos. Admite-se que seja uma doença de natureza multifatorial e ainda não foi possível estabelecer em concreto a sua etiologia. Manifesta-se também em situações de stresse, como por exemplo, transporte de longas duração e distância e em temperaturas elevadas. Neste trabalho são abordadas, como nota introdutória, algumas temáticas que merecem destaque na columbofilia, nomeadamente a sua história, o desenho do pombal, a nutrição, o stresse fisiológico, a orientação dos pombos, o “doping”, a reprodução e as doenças mais comuns. O estudo aqui descrito consistiu numa abordagem por PCR “multiplex” a amostras de DNA extraídas a partir de zaragatoas cloacais de borrachos, participantes no “derby” 2014 organizado pela ACD Porto. Foram analisadas 36 amostras, selecionadas aleatoriamente de entre os 287 pombos pertencentes a cerca de 80 columbófilos participantes no referido “derby”. A metodologia seguida foi a proposta por Freick e colaboradores (2008) e, após a eletroforese em gel de agarose, todas as amostras foram consideradas negativas. Embora não tenha sido detetado material genético de qualquer dos 3 agentes em estudo (herpesvírus tipo 1 do pombo, adenovírus aviário e circovírus do pombo), não podemos excluir a importância destes vírus nas doenças desta espécie, nomeadamente na etiologia da síndrome da doença dos pombos jovens, até porque a metodologia mais apropriada seria a deteção de anticorpos no soro sanguíneo, impraticável neste tipo de aves em estudo. Apesar de não ser o objetivo principal deste trabalho, é importante referir que este ano, no “derby” organizado pela ACD Porto, verificou-se que 100% dos pombos testados (45) estavam parasitados com Trichomonas.



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