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Na agricultura, além da disponibilidade da água, a disponibilidade de nitrogênio é geralmente considerada o fator mais limitante para o crescimento de plantas no seu ambiente natural. Apesar de sua importância e de ser requerido em quantidades significativas pelos seres vivos, este elemento é encontrado na natureza em abundância em uma forma quimicamente muito estável (predominantemente na forma de gás nitrogênio, N2), fazendo-se necessária a transformação para uma forma “combinada” com o hidrogênio (H2) que facilite sua assimilação. As plantas podem adquirir o nitrogênio “combinado” a partir de diferentes fontes sintéticas (processo Haber Bosch) e naturais, como os raios; e a fixação biológica de nitrogênio (FBN). A FBN constitui a principal via de incorporação do nitrogênio à biosfera, tornando-se um processo biológico determinante para a vida na terra, de igual importância a fotossíntese e a respiração. Com o intuito de reduzir os efeitos adversos dos fertilizantes sintéticos, manter e aumentar a fertilidade dos solos, contribuir com a nutrição das culturas e melhor aproveitar a FBN, têm-se avaliado o potencial dos fertilizantes biológicos. Neste contexto, o potencial de organismos fixadores de nitrogênio que habitam a filosfera de culturas hortícolas é ainda pouco conhecido. Neste trabalho, testou-se a aplicação de um bioestimulante comercial com microrganismos que colonizam a filosfera na cultura da alface (Lactuca sativa L.) e avaliou-se a capacidade de fixação de nitrogênio do microrganismo e sua contribuição para a cultura. O experimento decorreu no município de Bragança, região de Trás-os-Montes, nordeste de Portugal. Para a condução do experimento utilizou-se um delineamento fatorial com dois fatores: fertilização nitrogenada, com quatro níveis de fator (D1, D2, D3 e D4, a que correspondem 0, 0,33, 0,66 e 1,32 g N vaso-1); e um produto comercial com Methylobacterium symbioticum, com dois níveis de fator (Com e Sem). De cada tratamento foram incluídas quatro repetições. Realizaram-se dois ciclos de cultivo. Ao longo do experimento determinou-se a intensidade da cor verde das folhas. As plantas foram coletadas e levadas a estufa, até atingirem peso constante, pesadas, moídas, e levadas ao laboratório para determinação da biomassa produzida e avaliação da composição elementar dos tecidos. De modo geral, os resultados permitiram atribuir ao tratamento Com Microrganismo um incremento na produção de matéria seca (11,4 contra 9,8 g vaso-1 no primeiro ciclo e 14,6 contra 10,7 g vaso-1 no segundo ciclo), área foliar (99,4 dm² contra 69,3 dm² no primeiro ciclo) e índice de clorofila (medido por leituras SPAD, nos valores de 27,8 contra 25,0 no primeiro ciclo) em comparação com as plantas de alface não inoculadas. Para os demais parâmetros avaliados (teor de nitratos e macro e micronutrientes nos tecidos), apesar dos valores não diferirem estatisticamente, os resultados obtidos nas plantas com microrganismo mantiveram uma tendência favorável quando comparados ao tratamento sem microrganismo. Ainda assim, recomenda-se a realização de novos estudos para avaliar a eficácia do produto comercial à base de Methylobacterium symbioticum para esta e outras culturas.
Info Adicional:
Na agricultura, além da disponibilidade da água, a disponibilidade de nitrogênio é geralmente considerada o fator mais limitante para o crescimento de plantas no seu ambiente natural. Apesar de sua importância e de ser requerido em quantidades significativas pelos seres vivos, este elemento é encontrado na natureza em abundância em uma forma quimicamente muito estável (predominantemente na forma de gás nitrogênio, N2), fazendo-se necessária a transformação para uma forma “combinada” com o hidrogênio (H2) que facilite sua assimilação. As plantas podem adquirir o nitrogênio “combinado” a partir de diferentes fontes sintéticas (processo Haber Bosch) e naturais, como os raios; e a fixação biológica de nitrogênio (FBN). A FBN constitui a principal via de incorporação do nitrogênio à biosfera, tornando-se um processo biológico determinante para a vida na terra, de igual importância a fotossíntese e a respiração. Com o intuito de reduzir os efeitos adversos dos fertilizantes sintéticos, manter e aumentar a fertilidade dos solos, contribuir com a nutrição das culturas e melhor aproveitar a FBN, têm-se avaliado o potencial dos fertilizantes biológicos. Neste contexto, o potencial de organismos fixadores de nitrogênio que habitam a filosfera de culturas hortícolas é ainda pouco conhecido. Neste trabalho, testou-se a aplicação de um bioestimulante comercial com microrganismos que colonizam a filosfera na cultura da alface (Lactuca sativa L.) e avaliou-se a capacidade de fixação de nitrogênio do microrganismo e sua contribuição para a cultura. O experimento decorreu no município de Bragança, região de Trás-os-Montes, nordeste de Portugal. Para a condução do experimento utilizou-se um delineamento fatorial com dois fatores: fertilização nitrogenada, com quatro níveis de fator (D1, D2, D3 e D4, a que correspondem 0, 0,33, 0,66 e 1,32 g N vaso-1); e um produto comercial com Methylobacterium symbioticum, com dois níveis de fator (Com e Sem). De cada tratamento foram incluídas quatro repetições. Realizaram-se dois ciclos de cultivo. Ao longo do experimento determinou-se a intensidade da cor verde das folhas. As plantas foram coletadas e levadas a estufa, até atingirem peso constante, pesadas, moídas, e levadas ao laboratório para determinação da biomassa produzida e avaliação da composição elementar dos tecidos. De modo geral, os resultados permitiram atribuir ao tratamento Com Microrganismo um incremento na produção de matéria seca (11,4 contra 9,8 g vaso-1 no primeiro ciclo e 14,6 contra 10,7 g vaso-1 no segundo ciclo), área foliar (99,4 dm² contra 69,3 dm² no primeiro ciclo) e índice de clorofila (medido por leituras SPAD, nos valores de 27,8 contra 25,0 no primeiro ciclo) em comparação com as plantas de alface não inoculadas. Para os demais parâmetros avaliados (teor de nitratos e macro e micronutrientes nos tecidos), apesar dos valores não diferirem estatisticamente, os resultados obtidos nas plantas com microrganismo mantiveram uma tendência favorável quando comparados ao tratamento sem microrganismo. Ainda assim, recomenda-se a realização de novos estudos para avaliar a eficácia do produto comercial à base de Methylobacterium symbioticum para esta e outras culturas.
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