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Repositório Aberto da Universidade do Porto
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Title: Corpo Doente Versus Memórias do Corpo São
Abstract: In the 20th century, there was an increase in the average life expectancy, mainly
due to the decrease in infant mortality and medical and health factors that
prevented fatal epidemics. However, times have caused the so-called diseases
of civilization, namely Stroke. The harmful effects caused by strokes mark time
as before - memory- and a time after - hope - in people's lives. Thus, this study
aimed to establish these two temporal conditions centered on body experience.
It was our goal to establish life histories (Garcia and Portugal, 2009) of people
affected by this pathological process, comparing their current, diseased body with
the preserved memories of the body, using two techniques for the collection of
(Denzin & Lincoln, 2000) and by the field diary (Patton, 2002), with which we
perceive the dialogue between the present, characterized by "being sick", and
the memories of the previous "healthy" being. Ten people who suffered strokes
were interviewed, 5 men and 5 women, aged between 53 and 79 years. For the
interpretation of the data, we used the technique of discourse analysis (Orlandi,
1988). Considering the goals, the methodology and the collected material, it was
possible to conclude: i) the existence of an internal dialogue that portrays two
"selves" is clear, that of the sick body with the preserved memories of its healthy
being; ii) the stroke was the moment of rupture between what the person was and
what he/she became, which led to (re) construction of a new identity; iii) the high
value of work or the impossibility of doing so because of the disease, especially
in rural areas; iv) the importance given to physical activity because of the
connection between active life and health; v) interest in participating in regular
physical activities / exercises; vi) the lack of activity / exercise programs in the
region of the study, despite the lack of scientific production on their need for the
recovery of these patients.
Description: No século XX ocorreu aumento da esperança média de vida, justificado
fundamentalmente pela diminuição da mortalidade infantil e fatores médicosanitários
que evitaram epidemias fatais. Porém, os tempos provocaram o
aparecimento das denominadas doenças da civilização, nomeadamente os
Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Os efeitos deletérios provocados pelos
AVC marcam um antes - memória - e um depois - esperança - na vida das
pessoas. Assim, este estudo pretendeu estabelecer essas duas condições
temporais centradas na vivência corporal. Foi nosso objetivo estabelecer
histórias de vida (Garcia e Portugal, 2009) de pessoas acometidas por esse
processo patológico, comparando-se o seu corpo atual, doente, com as
memórias preservadas do corpo são, recorrendo-se a duas técnicas para a
recolha de dados: entrevista de natureza aberta (Denzin & Lincoln, 2000) e pelo
diário de campo (Patton, 2002), com as quais percebemos o diálogo entre o eu
atual, caracterizado pelo "estar doente", e as memórias do eu anterior "são".
Foram entrevistadas 10 pessoas que sofreram AVC, 5 elementos do sexo
masculino e 5 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 53 e os 79
anos. Para a interpretação dos dados recorremos à técnica de análise do
discurso (Orlandi, 1988). Face aos objetivos propostos, à metodologia e ao
material recolhido, foi possível concluir: i) é nítida a existência de um diálogo
interno que retrata dois "eus", o do corpo doente com as memórias preservadas
do seu corpo são; ii) o acidente vascular foi o momento de quebra entre o que a
pessoa era e aquilo que se tornou, o que levou à (re)construção de um novo Eu;
iii) a forte valorização do trabalho ou da impossibilidade de o realizar em virtude
da doença, para mais tratando-se de um meio rural; iv) a importância atribuída à
atividade física em virtude da associação entre vida ativa e saúde; v) interesse
na participação em atividades/exercícios físicos regulares; vi) a quase
inexistência de programas de atividade/exercício físico na região do estudo,
malgrado a produção científica sobre a sua necessidade para a recuperação
desses doentes.
Abstract: In the 20th century, there was an increase in the average life expectancy, mainly
due to the decrease in infant mortality and medical and health factors that
prevented fatal epidemics. However, times have caused the so-called diseases
of civilization, namely Stroke. The harmful effects caused by strokes mark time
as before - memory- and a time after - hope - in people's lives. Thus, this study
aimed to establish these two temporal conditions centered on body experience.
It was our goal to establish life histories (Garcia and Portugal, 2009) of people
affected by this pathological process, comparing their current, diseased body with
the preserved memories of the body, using two techniques for the collection of
(Denzin & Lincoln, 2000) and by the field diary (Patton, 2002), with which we
perceive the dialogue between the present, characterized by "being sick", and
the memories of the previous "healthy" being. Ten people who suffered strokes
were interviewed, 5 men and 5 women, aged between 53 and 79 years. For the
interpretation of the data, we used the technique of discourse analysis (Orlandi,
1988). Considering the goals, the methodology and the collected material, it was
possible to conclude: i) the existence of an internal dialogue that portrays two
"selves" is clear, that of the sick body with the preserved memories of its healthy
being; ii) the stroke was the moment of rupture between what the person was and
what he/she became, which led to (re) construction of a new identity; iii) the high
value of work or the impossibility of doing so because of the disease, especially
in rural areas; iv) the importance given to physical activity because of the
connection between active life and health; v) interest in participating in regular
physical activities / exercises; vi) the lack of activity / exercise programs in the
region of the study, despite the lack of scientific production on their need for the
recovery of these patients.
Description: No século XX ocorreu aumento da esperança média de vida, justificado
fundamentalmente pela diminuição da mortalidade infantil e fatores médicosanitários
que evitaram epidemias fatais. Porém, os tempos provocaram o
aparecimento das denominadas doenças da civilização, nomeadamente os
Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Os efeitos deletérios provocados pelos
AVC marcam um antes - memória - e um depois - esperança - na vida das
pessoas. Assim, este estudo pretendeu estabelecer essas duas condições
temporais centradas na vivência corporal. Foi nosso objetivo estabelecer
histórias de vida (Garcia e Portugal, 2009) de pessoas acometidas por esse
processo patológico, comparando-se o seu corpo atual, doente, com as
memórias preservadas do corpo são, recorrendo-se a duas técnicas para a
recolha de dados: entrevista de natureza aberta (Denzin & Lincoln, 2000) e pelo
diário de campo (Patton, 2002), com as quais percebemos o diálogo entre o eu
atual, caracterizado pelo "estar doente", e as memórias do eu anterior "são".
Foram entrevistadas 10 pessoas que sofreram AVC, 5 elementos do sexo
masculino e 5 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 53 e os 79
anos. Para a interpretação dos dados recorremos à técnica de análise do
discurso (Orlandi, 1988). Face aos objetivos propostos, à metodologia e ao
material recolhido, foi possível concluir: i) é nítida a existência de um diálogo
interno que retrata dois "eus", o do corpo doente com as memórias preservadas
do seu corpo são; ii) o acidente vascular foi o momento de quebra entre o que a
pessoa era e aquilo que se tornou, o que levou à (re)construção de um novo Eu;
iii) a forte valorização do trabalho ou da impossibilidade de o realizar em virtude
da doença, para mais tratando-se de um meio rural; iv) a importância atribuída à
atividade física em virtude da associação entre vida ativa e saúde; v) interesse
na participação em atividades/exercícios físicos regulares; vi) a quase
inexistência de programas de atividade/exercício físico na região do estudo,
malgrado a produção científica sobre a sua necessidade para a recuperação
desses doentes.
Info Adicional:
Title: Corpo Doente Versus Memórias do Corpo São Abstract: In the 20th century, there was an increase in the average life expectancy, mainly due to the decrease in infant mortality and medical and health factors that prevented fatal epidemics. However, times have caused the so-called diseases of civilization, namely Stroke. The harmful effects caused by strokes mark time as before - memory- and a time after - hope - in people's lives. Thus, this study aimed to establish these two temporal conditions centered on body experience. It was our goal to establish life histories (Garcia and Portugal, 2009) of people affected by this pathological process, comparing their current, diseased body with the preserved memories of the body, using two techniques for the collection of (Denzin & Lincoln, 2000) and by the field diary (Patton, 2002), with which we perceive the dialogue between the present, characterized by "being sick", and the memories of the previous "healthy" being. Ten people who suffered strokes were interviewed, 5 men and 5 women, aged between 53 and 79 years. For the interpretation of the data, we used the technique of discourse analysis (Orlandi, 1988). Considering the goals, the methodology and the collected material, it was possible to conclude: i) the existence of an internal dialogue that portrays two "selves" is clear, that of the sick body with the preserved memories of its healthy being; ii) the stroke was the moment of rupture between what the person was and what he/she became, which led to (re) construction of a new identity; iii) the high value of work or the impossibility of doing so because of the disease, especially in rural areas; iv) the importance given to physical activity because of the connection between active life and health; v) interest in participating in regular physical activities / exercises; vi) the lack of activity / exercise programs in the region of the study, despite the lack of scientific production on their need for the recovery of these patients. Description: No século XX ocorreu aumento da esperança média de vida, justificado fundamentalmente pela diminuição da mortalidade infantil e fatores médicosanitários que evitaram epidemias fatais. Porém, os tempos provocaram o aparecimento das denominadas doenças da civilização, nomeadamente os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Os efeitos deletérios provocados pelos AVC marcam um antes - memória - e um depois - esperança - na vida das pessoas. Assim, este estudo pretendeu estabelecer essas duas condições temporais centradas na vivência corporal. Foi nosso objetivo estabelecer histórias de vida (Garcia e Portugal, 2009) de pessoas acometidas por esse processo patológico, comparando-se o seu corpo atual, doente, com as memórias preservadas do corpo são, recorrendo-se a duas técnicas para a recolha de dados: entrevista de natureza aberta (Denzin & Lincoln, 2000) e pelo diário de campo (Patton, 2002), com as quais percebemos o diálogo entre o eu atual, caracterizado pelo "estar doente", e as memórias do eu anterior "são". Foram entrevistadas 10 pessoas que sofreram AVC, 5 elementos do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 53 e os 79 anos. Para a interpretação dos dados recorremos à técnica de análise do discurso (Orlandi, 1988). Face aos objetivos propostos, à metodologia e ao material recolhido, foi possível concluir: i) é nítida a existência de um diálogo interno que retrata dois "eus", o do corpo doente com as memórias preservadas do seu corpo são; ii) o acidente vascular foi o momento de quebra entre o que a pessoa era e aquilo que se tornou, o que levou à (re)construção de um novo Eu; iii) a forte valorização do trabalho ou da impossibilidade de o realizar em virtude da doença, para mais tratando-se de um meio rural; iv) a importância atribuída à atividade física em virtude da associação entre vida ativa e saúde; v) interesse na participação em atividades/exercícios físicos regulares; vi) a quase inexistência de programas de atividade/exercício físico na região do estudo, malgrado a produção científica sobre a sua necessidade para a recuperação desses doentes.
Autor:
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