A leveza da casa : o habitar unifamiliar e um percurso biográfico

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Breve resumo:
A relação entre a arquitetura e a casa, tendo como elementos de análise o conjunto de condicionantes que envolvem a edificação habitacional, apoiada na prática profissional do autor, é o tema proposto para esta Tese de Doutoramento. Expondo parte da amplitude disciplinar do território arquitetónico em contexto habitacional, este trabalho constitui um ensaio sobre as convergências concetuais que envolvem a prática do projeto, desde a geografia à cronologia, passando pela idealização e a expressão social que esta assume. O princípio que preside à escolha dos diversos casos de estudo procura refletir sobre o espírito contemporâneo de miscigenação e experimentação, assim como sobre o cruzamento de matérias ou conhecimentos provenientes de diferentes áreas disciplinares, numa oscilação entre os referentes da arquitetura, das artes, da filosofia e da sociologia. A leitura transversal dos projetos identificados, permite explorar a relação da casa com o espaço, o tempo, o corpo e a mente. A casa é, neste contexto, abordada do ponto de vista da experimentação de processos e linguagens comuns à arquitetura, a partir de temas como identificação e apropriação do lugar, exploração arquetípica ou mnemónica do programa doméstico, relação entre o espaço público e privado da casa, e a sua conformidade com o tempo nas suas diferentes conceções. É, nesta justaposição de complexidades, entre a razão do lugar, a expressão simbólica e a atribuição de um registo cronológico que se torna possível ler a casa como entidade que estende a sua influência e critérios a outros espaços além do doméstico. Pensando o habitar doméstico enquanto recetáculo e indutor de vivências, a Leveza da casa decompõe-se em quatro dimensões: dois limites externos – geografia e tempo – e dois internos – mentalização e sociabilização. A pluralidade de referências que se convocam com este título permite, por seu intermédio, sintetizar duas leituras simultâneas e estruturantes: —— uma primeira sobre a importância da casa enquanto lugar e suporte na criação de memórias e construção de identidades. —— uma outra refletindo uma prática profissional que utilizou a geometria e a física para desenhar e construir casas, criando relações diversas sobre os lugares, os programas e os utilizadores, usando instrumentos compositivos para explorar a casa como ator político na organização dos lugares e encenador do quotidiano de cada indivíduo. A casa funciona, nesta tese, como gravitação universal que permite perceber o peso e a leveza da arquitetura como extensão de nós, percebendo que corresponde sempre a um programa, simultaneamente resolvido e incompleto na nossa medida. Nesse sentido, exploram-se as semelhanças entre o contexto urbano e o doméstico na tentativa de criar um novo espaço, híbrido de ambos. A disponibilidade de uma nova casa que, como companheira de viagem, pode proporcionar a cada um a procura de maior leveza material e mental, liberta o indivíduo contemporâneo para novas modalidades de nomadismo e flexibilidade. A presença crescente de espaços sucedâneos do doméstico em diferentes cenários recria ambientes que expandem o conforto da casa para fora de portas. Se na história da arquitetura observámos uma crescente especialização dos espaços domésticos, a contemporaneidade ocupa-se em torná-los cada vez mais informais e disseminados por diferentes geografias e contextos. Sobre a história do habitar doméstico no século XX faz-se a sua revisão pela voz de quatro autores que exploram o universo da casa unifamiliar. Iñaki Ábalos, Blanca Leo, Adriano Cornoldi e Rui Ramos surgem como referências complementares à investigação, constituindo-se como dispositivos de afastamento crítico e filtros para a leitura do tema e da nossa obra.​



Info Adicional:
A relação entre a arquitetura e a casa, tendo como elementos de análise o conjunto de condicionantes que envolvem a edificação habitacional, apoiada na prática profissional do autor, é o tema proposto para esta Tese de Doutoramento. Expondo parte da amplitude disciplinar do território arquitetónico em contexto habitacional, este trabalho constitui um ensaio sobre as convergências concetuais que envolvem a prática do projeto, desde a geografia à cronologia, passando pela idealização e a expressão social que esta assume. O princípio que preside à escolha dos diversos casos de estudo procura refletir sobre o espírito contemporâneo de miscigenação e experimentação, assim como sobre o cruzamento de matérias ou conhecimentos provenientes de diferentes áreas disciplinares, numa oscilação entre os referentes da arquitetura, das artes, da filosofia e da sociologia. A leitura transversal dos projetos identificados, permite explorar a relação da casa com o espaço, o tempo, o corpo e a mente. A casa é, neste contexto, abordada do ponto de vista da experimentação de processos e linguagens comuns à arquitetura, a partir de temas como identificação e apropriação do lugar, exploração arquetípica ou mnemónica do programa doméstico, relação entre o espaço público e privado da casa, e a sua conformidade com o tempo nas suas diferentes conceções. É, nesta justaposição de complexidades, entre a razão do lugar, a expressão simbólica e a atribuição de um registo cronológico que se torna possível ler a casa como entidade que estende a sua influência e critérios a outros espaços além do doméstico. Pensando o habitar doméstico enquanto recetáculo e indutor de vivências, a Leveza da casa decompõe-se em quatro dimensões: dois limites externos – geografia e tempo – e dois internos – mentalização e sociabilização. A pluralidade de referências que se convocam com este título permite, por seu intermédio, sintetizar duas leituras simultâneas e estruturantes: —— uma primeira sobre a importância da casa enquanto lugar e suporte na criação de memórias e construção de identidades. —— uma outra refletindo uma prática profissional que utilizou a geometria e a física para desenhar e construir casas, criando relações diversas sobre os lugares, os programas e os utilizadores, usando instrumentos compositivos para explorar a casa como ator político na organização dos lugares e encenador do quotidiano de cada indivíduo. A casa funciona, nesta tese, como gravitação universal que permite perceber o peso e a leveza da arquitetura como extensão de nós, percebendo que corresponde sempre a um programa, simultaneamente resolvido e incompleto na nossa medida. Nesse sentido, exploram-se as semelhanças entre o contexto urbano e o doméstico na tentativa de criar um novo espaço, híbrido de ambos. A disponibilidade de uma nova casa que, como companheira de viagem, pode proporcionar a cada um a procura de maior leveza material e mental, liberta o indivíduo contemporâneo para novas modalidades de nomadismo e flexibilidade. A presença crescente de espaços sucedâneos do doméstico em diferentes cenários recria ambientes que expandem o conforto da casa para fora de portas. Se na história da arquitetura observámos uma crescente especialização dos espaços domésticos, a contemporaneidade ocupa-se em torná-los cada vez mais informais e disseminados por diferentes geografias e contextos. Sobre a história do habitar doméstico no século XX faz-se a sua revisão pela voz de quatro autores que exploram o universo da casa unifamiliar. Iñaki Ábalos, Blanca Leo, Adriano Cornoldi e Rui Ramos surgem como referências complementares à investigação, constituindo-se como dispositivos de afastamento crítico e filtros para a leitura do tema e da nossa obra.



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